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sábado, 10 de dezembro de 2011

Ser um bom professor...


Muitas vezes me peguei angustiada querendo fazer bem o meu trabalho. Muitas vezes indaguei sozinha sobre  qual seria o melhor caminho para me tornar uma boa professora! Muitas noites fiquei a meditar pensando em uma forma de encantar aqueles a quem me eram confiados a educação, porque posso dizer com muito orgulho, foram muito os alunos que de alguma forma pude fazer parte das vidas. Tenho hoje 26 anos de profissão, dos quais posso me orgulhar. Neles procurei fazer com muito amor a minha jornada do dia a dia ,procurando ser  sempre e de alguma forma um referencial positivo. Sei que a humanidade caminha a passos rápidos; são muitas as  mudanças de hábitos, a máquina, o modo de pensar e ver a vida, o respeito para com os mais velhos e superiores. Percebo que   as referências familiares vem sofrendo uma mudança assustadora. Eu ainda  sou da época em que os alunos tinham muito respeito e carinho pelos seus mestres. Falar todo aluno falava e fala, isso é de sempre, desde que o homem desenvolveu a comunicação, não parou mais! Mas eu ainda peguei uma época em que alunos conversavam, mas tinham respeito e sabiam se dirigir aos mestres. Peguei uma época em que os alunos tinham prazer em comemorar os dias das mães e dos pais (penso que talvez  as famílias tenham perdido muita coisa nesse ínterim), uma época em que os professores em seu dia, saia da escola com os braços repletos de presentes ( de sabonete, copo, a flores); hoje, salvo um ou outro aluno que aceita fazer uma homenagem aos pais, pois para a maioria isso é apenas  "pagar mico. fazer uma homenagem aos seus mestres, JAMAIS! Eles se sentem tão superiores,  que seria uma humilhação homenagear um professor! Paro a me perguntar, Onde foi que se quebrou um elo tão lindo de amor e respeito  entre família e escola? Porque penso que as famílias são os principais responsáveis por essas mudanças afetivas  e respeitosa entre aluno e professor ou melhor aluno/família  e escola. Nesses anos de magistério, deparo muitas vezes vendo as próprias família agindo com a escola  de forma  contrária  ao que exigem que as escolas deem aos seus filhos.  O desrespeito para com as escolas vem crescendo a cada dia, elas  viraram empresa,  e com isso recebeu friamente todo comportamento das mesmas.  O amor e carinho, começaram a desaparecer e a lei do quem pode mais passou a vigorar. O capitalismo chegou com tudo e juntamente com ele, é claro, o consumismo.  Quanto mais fachada, mais imperialismo visual a escola aparentar, receberá com certeza o “selo” da melhor escola. Como devo agir: ser um professor ou um profissional apenas? Como os mestres poderão encantar? Conseguirá o materialismo vencer o amor? O que fazer para ser um bom professor?
Deixando a angústia de lado, e o sentimento de impotencialidade, perceberá que o amor em tudo, PODE! Nada superará o professor...

Um comentário:

Obrigada por passar por aqui! Abraço.