As mãos que me abanam sentem vontade de sair gritando.
Elas insistem em não querer ver cair sentimentos de maldades sobre a terra.
Elas querem segurança!
Elas precisam sentir-se seguras para também dar seguranças aos apelos.
Mãos que envelhecem e nem são percebidas pelo tempo!
Mãos que seguraram e seguram sem ao menos permitir que fossem acarinhadas.
Agora o tempo imprime nelas sua pisada!
Forte pisada!
Já nem têm a força da juventude de outrora!
Mas o sentimento de ternura continua intacto,
Buscando na força da vida o desejo de permanecerem viçosas!
Mãos que abanam e sentem o desejo enorme de acalmar corações!
Já fizeram tanto isso...
Agora são apenas mãos que retratam o pisar do tempo!
Nádia Magalhães