Íntimo

Não sou do tipo fatal
Não sou do tipo igual
Tenho alma,
Padeço,    




Agradeço
Por ser mortal!
Choro quando sinto tristeza
Rio quando tenho a certeza
De que sou gente
Contente 
Com o que conquistei.
Tenho orgulho,
Tenho desejos
Acredito em Deus,
Sou pecadora

Sou temente
Sou amor
Preciso de pouco
Muito pouco
Para ser feliz




Nadia Magalhães

O Choro do silêncio

Quando todos postam que a vida é bela,
Quando todos mostram o quão são felizes, na tela
E escondem que sofrem nas suas intimidades.
Eu vejo a vida pairando nas lacunas,
Seja no Facebook, Instagram ou "Zap",
Ninguém se preocupada em demonstrar amor pelo outro,
Querem ser artistas dessa vida nefasta,
Onde todos insistem que não têm problemas.
Há alguém que desconhece tudo,
E não vê a vida sobre essa ótica,
Retrata uma vida  verdadeira com seus dissabores,
Com monstros humanos e comportamentos vis,
Onde os destroços que carregam corpos
Carregam também a dor ceifada na alma,
Quando a vida os obrigo a se tornarem mártires!
Muitos sentem, 
Mas  a dor passa quando a foto importa mais,
As curtidas dos posts precisam bater as metas,
Aparecer é quase uma regra geral,
Estamos sós, nem pensamos...
Mesmo que a desgraça chegue de mansinho para todos nós!

 Nádia Magalhães