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Fazer poesia é descobrir a beleza onde poucos podem ver, É desnudar sentimentos que o coração tenta esconder!

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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Mensagem

Por Charles Chaplin

     Sorria, mas não se esconda atrás deste sorriso. Mostre aquilo que você é, sem medo.
     Existem  pessoas   que  sonham.  Viva.  Tente.  Felicidade  é  o  resultado  dessa tentativa.
     Ame acima de tudo. Ame a tudo e a todos. Deles depende a felicidade completa.
     Procure o que há  de  bom  em  tudo  e  em  todos.  Não  faça  dos  defeitos  uma distância, e sim uma   
      aproximação.
     Aceite. A vida, as pessoas... Faça delas a sua razão de viver.
     Entenda os que pensam diferentemente de você. Não os reprove.
     Olhe à sua volta, quantos amigos. Você já tornou  alguém  feliz?  Ou  fez  alguém sofrer com o seu 
     egoísmo?
     Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
     Sonhe, mas não transforme esse sonho em fuga. Acredite! Espere! Sempre deve haver uma esperança.
     Sempre brilhará uma estrela. Chore! Lute! Faça aquilo que você gosta. Sinta o que há dentro de você.
     Ouse. Escute o que as pessoas têm a lhe dizer. É importante.
     Faça dos obstáculos  degraus  para  aquilo  que  você  acha  supremo.  Mas  não esqueça daqueles que 
     não conseguiram subir a escada da vida.
     Descubra aquilo de bom dentro de você. Procure  acima  de  tudo  ser  gente.  Eu também vou tentar.
     Ei, você! Não vá embora. Eu preciso lhe dizer que você pode e deve ser feliz.

Porque você existe!

domingo, 13 de novembro de 2011

Emocionante...




Quando se perde alguém violentamente, de modo repentino ou inesperado, quem fica... permanece nesse limbo por um tempo indeterminado. É comum pessoas em processo de luto por morte abrupta serem tomadas por um estado de catatonia, semelhante a um morto-vivo, ou a um robô, que passa a agir no "piloto-automático", sem domínio ou vontade de controlar suas ações. Uma parte continua vivendo, pois entende ser necessário, mas a outra não está lá. A alma fica dividida e constantemente, o enlutado sente que morreu também e que sua história nunca mais será a mesma.

De fato, nunca mais será, pois a morte marca a alma. Entretanto, estamos na vida para sermos transformados a partir das experiência que o acaso (será?) nos propõe. A superação só se dá a partir de um longo processo e ela não significa esquecer, fingir que não aconteceu ou ainda não sentir dor quando lembrar. Superar significa apenas aceitar e continuar.

Mas como aceitar algo que não faz sentido? Algo que não vem com avisos, que não parece ter um por quê dentro da lógica do merecimento? Como aceitar a morte de alguém bom, que tinha uma vida enorme pela frente? E que o destino levou em segundos, sem nos ter orientado para aquele momento? Como continuar sem ter mais vontade de viver, sem ter um sentido que nos norteie?

Há fases no processo de aceitação de morte. A estudiosa Elizabeth Kluber-Ross, autora de vários livros sobre o tema, alerta que em geral, diante da morte qualquer ser humano passa por cinco estágios: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Esses estágios não necessariamente são subsequentes, podendo estar misturados e serem vividos ao mesmo tempo.

Negar é não poder ver e usar recursos para afastar a realidade que dói. Entre esses recursos temos uma infinidade de ações: acreditar que o morto ainda voltará, manter todos os objetos dele intactos, como se estivessem à espera do falecido, ou ainda negar a dor da situação, indo se divertir de modo desproporcional ao que o momento pediria, ou entregando-se a algum vício...

Ter raiva é querer culpar alguém. É procurar um responsável pela dor. Ter raiva é pensar que poderia ter sido diferente se o fulano não tivesse errado nisso, se o médico tivesse tentado aquilo, se a pessoa que ficou tivesse chegado minutos antes... A raiva não permite encarar o processo como algo que fugiu do controle, querendo devolver aos mortais o domínio do destino. A raiva é necessária para descarregar, mas é um esforço quase vão que nos liga ao passado.

Barganhar é tentar negociar com o destino. Fazer magia, fazer promessa, buscar psicografia. Esses recursos são importantes, mas ainda demonstram uma ligação com um passado que não se quer deixar ir. Ouvir uma palavra psicografada nãodeve ser um recurso proveniente de uma busca desesperada por contato, mas sim, algo que espontaneamente surge, se for essa a crença de quem fica.

A depressão é o último estágio antes da aceitação e não é por acaso. Quem se deprime está mais perto de ver as coisas como elas são e ver a devastação que a morte causou. O perigo desse estágio é o tempo de permanência. A depressão é a maior ladra da vida e por isso deve ser combatida quando o tempo é superior a seis meses e a intensidade tira o enlutado das atividades que o ligam à vida (trabalho, convívio familiar, convívio social, saúde, fé no futuro).

Finalmente, a aceitação é o processo que nos torna capazes de ver, tocar, falar sobre a morte e ao mesmo tempo, deixá-la ir para onde tiver que ir, longe de nossos domínios, de nosso controle racional. Deixar ir não significa esquecer, tampouco não sofrer nunca mais. Deixar ir é fazer as pazes com o tempo, com novas chances para quem ficou, com a única certeza de que absolutamente tudo muda e que é preciso se transformar junto com a vida e com a morte.