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Fazer poesia é descobrir a beleza onde poucos podem ver, É desnudar sentimentos que o coração tenta esconder!

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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Infância verdadeira


Na infância que vivi
Não tinha informatização,
Não tinha jogos digitais
Não tinha livros modernos
Nem tinha televisão.

Na infância que vivi
Não tinha proibição
Dos pais mandar em seus filhos,
Ou de interferir na educação.
Na Infância que vivi
Não tinha escola particular
Mas as escolas que tinham
Hoje posso relembrar
Com carinho dos meus mestres
E do prazer que tinham em lecionar.

Na infância que vivi,
Brincava solta na rua
Visitava os vizinhos
Tomava banho de rio
Comia frutas no pomar
Bebi água da bica
jogava queimada na rua
Usava laço de fita.

A infância que vivi
Também se apaixonava
Era um amor inocente,
Mas os pais se preocupavam,
Tentavam mais do que podiam
Não liberar suas crias!

A Infância que vivi
Nem se falava em violência
O nosso medo de criança
Quase nem tinha consistência,
Só pelo o "velho do saco"
Pelo Curupira
Pelo Saci-pererê 
Pela mula-sem-cabeça
 Das histórias que ouvíamos
Quando não tinhámos o que fazer!

A infância que vive
Tenho recordações sem fim
Tenho muitas saudades
das coisas que não vivi
Das coisas singelas da época
Que era o máximo para mim.

Hoje nem dão importância
Para as coisas de outrora
A bagagem que me orgulho
Ter trazido desse tempo,
Nem pode competir,
Não faz diferença agora!

Nádia Magalhães