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terça-feira, 26 de junho de 2012

Ela, a sonhadora

Nova vida esperava nossa menina. Ela havia chegado na cidade de Tebas em, e com ela todos seus sonhos, aflições e medos. Seu jeito acanhado fazia dela uma jovem atraente e delicada. Os novos amigos começaram a surgir vindo alguns das amizades das irmãs, outros da vizinhança e assim ela começou a contruir sua própria rotina. Passado alguns dias que havia chegado na cidade, começou a procurar uma nova escola para estudar. Depois de alguns dias, seu pai lhe trouxe os documentos para que pudesse se matricular. Iniciou então sua nova vida escolar, na cidade grande.  Ali, conheceu vários colegas, começou amizade com  alguns. Lucélia foi uma amiga de quem ela mais se aproximou. A pesar de ser filha de uma família de condição financeira avantajada, elas tinham muito em comum. faziam lições juntas, trabalhos de sala, além de  trocarem confidências. No intervalo da escola sentavam para comer seus  lanches, mas ela, como vivia na casa de pessoas "estranhas", nunca leva lanche, porque tinha vergonha de pedir as irmãs alguma coisa para levar. No entanto sua melhor amiga sempre dividia o dela. O que deixava nossa menina bem feliz! Acredito que ela desde que chegara na nova residência, nunca mais havia comido direito. Tinha vergonha de comer muito, pois sabia que ali, seu pai não havia deixado nem uma ajuda financeira, o que a deixava bem intimidada para tomar qualquer liberdade. seu pai demorava demais para visitá-los e quando vinha, trazia genêros alimentícios e só. Nunca lhe dava dinheiro, e ela sentia necessidades das quais jamais falara com suas irmãs. Não tinha liberdade para isso. Apesar de serem irmãs e se conhecerem nunca foram criadas juntas. Só se encontravam nas férias quando seu pai levavam todos para sua casa e ali conviviam até o início do ano letivo. Essa convivência durava pouco, e mesmo sendo todos os anos, eles tinham vidas diferentes. Suas irmãs não apanhavam das madrastas, até porque tinham mãe, o que nem dava direito as sacanas de os olhar atravessado. Mas ela e suas duas irmãs, foram abandonadas pela mãe desde de novinhas, ela devia ter na época 05 anos de idade, e sua irmã mais nova, 08 meses. Foi daí que surgiu a necessidade do pai, um senhor de 55 anos  que já havia tido várias esposas e com todas muito filhos, a necessidade de casar para encontrar uma madrasta ideal  para suas pequenas filhas. Nessa procura, elas conviveram com diferentes tipos. Umas más, outras mais más ainda, e elas serviam de saco de pancadas para cada uma delas.Vale lembrar que o pai jamais compactuou com os maus tratos que elas sofriam; por isso terminava sempre o casamento, quando ficava sabendo dos ocorridos.  Ela por ser mais velha, sofria muito, por ela e pelas duas irmazinhas. E estando agora na cidade e longe das suas duas irmã, tinha muito receio de passar por qualquer tipo de dor novamente. Quem iria livrá-la caso isso viesse acontecer? Suas irmãs agora estavam bem, apesar da saudade sabia que a atual madrasta não as maltratava mais. até porque ninguém era mais tão bobinha...

                                                    Nádia Magalhães

                                                                         Continua

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