Sou filha do Nordeste,
Lá, todos dizem que somos "cabra da peste".
Antes achava um elogio,
Repetia com orgulho
E tinha orgulho em ser,
Apesar do descaso dos homens
Que estavam no poder,
Tinha prazer em repetir,
Jurava que era um orgulho,
Sofrer a seca e a fome,
E resistir sem morrer;
Aqueles que pouco comem e morrem
logo ao nascer
Ou dos que vivem mais tempo: uns trinta outros quarenta,
Ou de fome um pouco por dia!
Hoje penso que somos apenas, um amontoada de gente,
Usados de forma insana
Por sistema doente,
Que Sempre usou a fraqueza,
Dos mais humildes e carentes,
Para culpar pelos erros,
Das coisas não irem à frente;
Pois são todos pertencentes,
A uma região incapaz,
Que votam constantemente
Nos currais eleitorais.
"Se um país se constrói, com homens e livros"
Deixando de serem analfabetos
Será possível vencer,
E torná-los cabra da peste,
Do jeito que deve ser.
Só mudando o sistema,
E dando estudo ao povo,
Para sair do "Bolsa família"
E ter um estado novo.
"Saúva, Os males do Brasil são!"
Nádia Magalhães
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