O
tempo passava, cada dia que passava ela ia ficando cada vez mais bonita
e inteligente. Apesar de sua magrelice, sempre tinha admiradores. Nada
que a fizesse deixar o coração aos pulos como ficara com o primeiro
beijo. Ela sempre fora muito carismática, por isso fazia amizades com
todos os tipos de classes, quero dizer, pobres, remediados e ricos. Ela
não ligava mínima para nada disso. sempre levava em conta sua amizade.
Seu pai, este sim, se a visse na rua ou no rio, batia chingava e a
deixava de castigo. Mas o rio da sua cidadizinha, sempre fora um convite
do qual ela não conseguia dizer não! Na época aquilo parecia ser o
maior rio do mundo. Cachoeiras pontos fundos, mas ela sempre desafiava
os perigos junto com seus amigos de infância. Aquilo já lhe valeu boas
sovas, porém era a maior de todas asperaltices. Ela chegou até salvar
uma colega do perigo de afogamento.No entanto, ela curtiu aquele rio
como ninguém. O tempo foi passando e a necessidade de buscar novos
horizintes surgiu em sua cabecinha quando o pai dela percebeu que na
cidadezinha ela não podia mais ficar. Já havia atrasado seus estudos em
dois anos. pois ali só se estudava até a 5a. série, como era chamado
naquela época. isso nos aos 70. O coraçãozinho dela batia
aceleradamente, porque nunca havia saido de perto do pai, no entanto era
o que iria acontecer. O medo de morar com pessoas estranhas a fazia
tremer, porém a sorte de sair dos castigos da madrasta tornava uma das
maiores vitórias que almejava conseguir. Só acreditou que realmente
estava se livrando de tudo de ruim no dia que estava na estrada indo
embora morar com suas irmãs de Minas Gerais. Meio irmãs quero dizer. Por
que estava saindo da casa do pai, onde havia passado poucas e boas com
as ruindades das masdrastas, por que já havia tido umas três, para ir
morar com as meias irmãs e com a mãe delas.
Nádia Magalhães
Continua
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