Senti aquele aperto
Lágrimas sufocava não só os meus olhos,
Mas minha certezas de que a vida não me amava,
Sentia-me a última criatura de Deus...
Será que Deus me amava?
Será Deus mesmo, um pai?
Reflexões que vinham junto a dor
Revolta por ser impotente,
Onipresente...
Não pude ser o que precisavas que eu fosse,
Não deram-me a chance de te salvar...
Eu poderia te salvar?
Não tenho forças para lutar por sua falta...
Reflexões vinham junto a dor...
Porque me escolhestes para perder, se minha cria eu tanto amava?
Por que tantos sofrem sem amor e a mim que escolhestes?
Deus não é amor?
Deus não é justo?
Onde está a justiça?
Contínuas indagações afloravam-me os lábios...
muitos sóis viriam,
Muitas noites de insônia...
Eis que surgem novas indagações:
_ por que não eu?
_ por que os filhos dos outros?
_ Quem é realmente onipresente, onisciente?
_ De onde viemos?
_ Para onde vamos?
Indagações que encontram respostas,
Na fé,
No amor,
Na crença!
Todos nascemos,
Todos iremos ao leito derradeiro...